segunda-feira, 17 de maio de 2010

A moda das relações instantâneas

É certo que cada um faz o que quer com a sua vidinha, com os relacionamentos que tem, com as decisões que toma. Mas nisto das relações há uma coisa que não me entra na cabeça: relações instantâneas. "Ai conhecemo-nos há dois dias e temos uma relação, ai que é tudo tão intenso"...errr...pois, desculpem-me mas esses esquemas não me convencem nem uma bocadinho. E também não me convencem exibicionismos baratos, como se estivessem a esfregar na cara das pessoas o "Olha pra nós!! Temos uma relação, não é meu cajuzinho, minha coisinha-mai-boa, meu ursinho de pelúcia, minha bolachinha Maria de chocolate?". Também não acho piada absolutamente nenhuma a exageros: ok, as pessoas estão "apaixonadas" e riem-se que nem hienas histéricas; quase as estou a ver a elogiar a pessoa amada, a exaltar qualidades "porque ele/a é que é! Temos a relação perfeita e ele/a chama-me Bela Adormecida/Prince Charming e "morzinho" (vómito) e andamos sempre na rua de mãos dadas, não nos largamos nem pra ir à casa-de-banho" (e penso eu "Pois, e empatam o trânsito, que uma pessoa quer passar e tem de levar com vocês ali a fazer barreira, a andar devagar e a comentar a beleza do dia de chuva que vos está a molhar todos, mas "ai que o amor é lindo e vamos levar com água na tromba e chegar ao destino encharcados porque namorar à chuva é romântico").
Estas relações, pra mim, são como os bolos instantâneos: comem-se, mas não sabem ao mesmo.

Sem comentários: