terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013 mês a mês

Janeiro
-a publicação do primeiro ensaio
-o último ensaio da faculdade
-começar a escrever a tese
-o carro novo

Fevereiro
-a primeira festa da Gigi
-comecei a trabalhar
-a Teresa e as Correntes d'Escritas
-o Carnaval e as Spice Girls

Março
-o Escrever nas Margens
-Paris e a Disney
-o Portugal Fashion

Abril
-a segunda festa da Gigi
-as jornadas de primavera e as literaturas africanas de língua portuguesa
-a peça do Tiago
-a fase de desespero da tese

Maio
-a morte do Marlon
-a cartola e o fim de um ciclo
-as dúvidas
-as peças do Nelson no São João

Junho
-o simpósio
-escrever a tese na praia
-o telemóvel novo e a entrada no mundo smartphónico
-o furo na orelha que andava para ser feito há meses
-cansaço

Julho
-23
-3 festas de aniversário
-noites de primos às segundas feiras
-a Isla Canela e o Algarve
-a praia

Agosto
-Feira Medieval
-Praia
-Escrever compulsivamente a tese
-despedidas

Setembro
-a conversa menos definitiva de sempre
-acabar e entregar a tese
-ter outro trabalho
-preparar um colóquio
-escrever sobre um dos meus poetas preferido
-perder pessoas (que já nem sequer fazem falta)

Outubro
-o III encontro do GEL
-hospitais e muito cansaço
-acabar uma história
-Portugal Fashion
-um casamento

Novembro
-defendi a tese rodeada de amigos
-o bairro (curu)pira
-o destino trocou-me as voltas e foi irónico
-tive uma desilusão enorme
-voltei ao ginásio
-decidi fazer o doutoramento

Dezembro
-o lanche Party People e o Mário a dormir
-regressos de Luanda
-Coimbra outra vez
-Natal
-o último lanche Party People
-ladies night no penúltimo dia do ano
-abri a lista de desejos para 2013 e percebi que a maioria se realizou e que 2 ou 3 foram parcialmente cumpridos

2013 não foi um ano fácil, nada mesmo.  Trouxe (mais) 9 meses de coisas boas que foram para o lixo num telefonema de 2 minutos. E isso trouxe-me a certeza do que quero, do tipo de pessoa(s) que quero por perto daqui em diante mesmo que agora tenha de me ver a braços com uma insegurança dos diabos que me faz perguntar coisas que nunca perguntaria. Trouxe-me o melhor e o pior aniversário de sempre, um "nunca mais" que se desfez inesperadamente. Também me trouxe dureza à carapaça, fez-me pensar em fugir para não enfrentar. Tive mais um ano com a Minnie, os laços ficaram mais fortes cá em casa. Os miúdos cresceram e agora falamos todos a mesma linguagem. Os "miúdos" agora estão na faculdade e vão a festas académicas. Foi o meu último ano académico e a minha Queima foi de luto.
Viajei para Paris e encantei-me com tudo, voltei a ter 5 anos quando entrei na Disney e resgatei a minha adoração por Minnies. Fiz listas e planeei dias até à exaustão e geralmente correu bem.
Trabalhei com mais de 60 putos diferentes e para alguns sou a professora preferida, voltei a falar francês e inglês quase todos os dias, dei muitas explicações, corrigi imensos trabalhos de casa e dei colo quando foi preciso. Senti-me culpada porque de outubro a dezembro não escrevi nenhum ensaio. Mas li o que quis e ao ritmo que quis. Comprei livros, bilhetes para concertos e andei maluca à procura de uma agenda. Passei noites a ler poesia na internet. Perdi a conta aos livros que li o ano inteiro.
Perdi a conta aos gins tónicos e aos martinis que bebi, às vezes que me ri e sorri. Chorei menos, mas quando chorei doeu mais.
Senti-me grande e tive medo. Saí da minha zona de conforto e dei com a cabeça na parede. E voltei a ter medo.
Voltei atrás, fiz o que pude para manter amigos por perto, mas se calhar não era amizade que existia do outro lado.
Escrevi uma tese e alcancei outro grau académico: entusiasmei-me, tive medo de escrever, fiquei semanas sem escrever uma linha, escrevi páginas e páginas em pouco tempo, tive os horários mais alucinados de sempre, levei livros e computador quando fui de férias, escrevi a tese em agosto. Achava que não ia conseguir e consegui.
E reparei que não escrevi porque eles são uma parte grande de mim: durante todos estas semanas, na minha agenda havia sempre "jantar/almoço/lanche/café/botta shake" Party People e mesmo que agora sejamos aborrecidos (adultos, será?) continuamos juntos para o que der e vier. Levámos todos uma facada e reagimos a rir (para não chorar - não somos assim tão aborrecidos).
Vi mais filmes na primeira metade do ano do que na segunda e agora tenho demasiadas coisas para pôr em dia. Delirei com o The Following e dei por mim a chorar a ver Anatomia de Grey. Notei que acompanho mais de 10 séries.
Montei estantes com o meu pai e também aprendi a pôr ar nos pneus; entretanto destruí um retrovisor e não me enervei. Fiz arrumações centenas de vezes.
Continuei a comprar sapatos, fui de salto alto para os paralelos do Porto (e doeram-me os pés), fui a muitas festas, conheci muita gente. E mais importante, mantive quem queria por perto, mesmo que isso queira dizer Luanda, Ulm ou Aalst.
Foi instável, desesperante, mas foi um ano em grande.

Que venha 2014 e que seja um ano feliz.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Isto começa a chegar ao Natal e este pessoal deve andar a mandar ácidos. É que não há outra explicação para as coisas que me andam a acontecer. Aguenta.