quarta-feira, 30 de junho de 2010

Closer

Alice: I would have loved you… forever. Now, please go.
Dan: Don’t do this, Alice. Please, talk to me.
Alice: I am talking. Fuck off.
Dan: I’m sorry. You misunderstand! I didn’t mean to.
Alice: Yes you did.
Dan: I love you!
Alice: Show me! Where is this love? I can’t see it, I can’t touch it. I can’t feel it. I can hear it. I can hear some words, but I can’t do anything with your easy words. Whatever you say is too late.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Logo é isto:

Foto daqui



Foto daqui



Foto daqui

Shall we dance?*

Quem me conhece sabe que eu agulhas somos arqui-inimigas desde a minha existência. Eu fazia os meus pais passar vergonhas porque queria sempre fugir, até ao dia em que eles perceberam que o melhor era agarrar-me e manter-me quietinha pra tortura.
Os anos passam e isto não melhora. É ver-me a ficar de todas as cores, suores frios, tensão baixa, olhos arregalados e aquela sensação de vá-vou-só-embora-e-ninguém-dá-por-mim.
Ora hoje foi dia de tirar sangue para fazer análises que isto de uma pessoa emagrecer muito num mês e meio tem que se lhe diga. Eu, que nem gosto de acordar cedo, fui tão boa menina que segui o conselho da mamã:

Vai cedinho pra cama pra não ficares cansada. Estás fraquinha, é melhor dormires.
Acordei cheia de vontade, mas não me queriam deixar ir. Vai daí vi dois episódios de Flashpoint. Toda eu cheia de fome, de sede e sem poder fazer nada. Finalmente lá chegou a hora. A menina, uma simpatia, lá me agarrou o esquerdo (já eu pálida de ver a agulha), espetou, agulha pra cima, agulha pra baixo e eu branca como os calções que tinha vestidos. Nada. Agulha pra esquerda, agulha pra direita. Nada. As suas veias estão a castigá-la. Esta era melhorzinha e fugiu. Muda de braço. Espeta a agulha outra vez (continuei branca). Fiquei muito contente quando finalmente vi que ela me tinha apanhado a veia. Naquele momento pensei que ser toxicodependente não era pra mim.
Conclusão: tenho veias bailarinas, duas picadas de agulha e um braço a oscilar entre o roxo e o verde. Ah...e pegar na carteira foi tarefa para esquecer. Logo eu que só consigo pegar nela com a esquerda.
*E não, o título não tem (quase) nada a ver com o post.

sábado, 26 de junho de 2010

I know I'll be fine

[Yeah, I'm fine. And that's not a lie.]
Sempre soube. Sempre.
Há dias falávamos de histórias. Uma recusava-se a admitir que tinha uma relação, por mais que já fosse evidente. Casmurra. E sempre a levar com a minha dose de realidade em cima. E também com a minha dose de 'vai lá pra isso, vais-te lixar à grande, mas anda lá que ainda só tens (quase) 20 anos e se te estampares, paciência. E nós estamos aqui pra ti'. Outra dizia que recusava terminantemente apaixonar-se, mas que gostava de acordar de manhã e começar logo a sorrir ou de se ir deitar e saber que ia ter um beijinho de boa noite [dele]. Uma outra dizia que gostava de se apaixonar, porque é bom, porque queria ter uma cena fixe, estabilidade. Tanto queria que acabou a atirar uma flor ao ar a ver se a sorte lhe sorria. Uma delas está e estará feliz. Deve ser a amiga mais feliz nesse campo. Ou uma das. Outra ainda sofria com os problemas com o prince charming, com os obstáculos, com a injustiça e infantilidade dele. E dizia que não ia deitar tudo fora, que já era muito tempo a dois, que não queria saber do que o mundo pensava. Mas que tinha medo de o perder.
Todas nós sabemos quando o perdemos. Eu sempre soube; o momento sabe ao mesmo - a consciência terrível, a percepção drástica da ruptura que se sente na dinâmica do par, uma sensação de abstracção do mundo e uma espiral que vai dos pés à cabeça, de cima pra baixo. Corte feito, bisturi em punho: a partir daí é pôr remendos nas ligações, sempre com o risco elevado de, a qualquer momento, aquilo rebentar. Ou ir rebentando. Primeiro aqui, depois ali. Traduzindo: a chamada que não vem, a mensagem que não chega; o beijinho de bom dia que demora, a secura das palavras. E isto até se ouvir o som contínuo de um motor que já não dá impulso a nada. Mas há as tentativas. As tentativas manhosas de pôr tudo a funcionar, mas já não fica nada como era antes. Lembro-me de dizer a uma delas que se ia voltar para aquilo não se devia esquecer que eles os dois iam carregar o passado deles com eles e que, à menor fragilidade da corda, corriam o risco de cair. Eu disse e esqueci-me disso para mim. É por estas e por outras que sou espectacular a resolver a vida dos outros. Pois. Voltando às tentativas, a hipótese de voltar a dar certo é pouca, mas está lá. Só que implica esforço, dedicação e uma vontade enorme de make it work - um bocadinho hoje, outro amanhã, so on and on and on. E isso é raro de encontrar hoje em dia. É por isso que me lembro sempre do texto do MEC ou então do poema "É urgente o amor", de António Ramos Rosa. É tudo tão confortável, é tudo tão fácil, cómodo, à mão. E quando não é desiste-se ou, depois de tanta tentativa de conquista, deixa-se desvanecer, como se fosse tudo um cubo de gelo ao sol.
Falei delas. E eu? Eu continuo a injectar-me diariamente com doses de realidade e crueza com uma pequena percentagem de crença honesta no amor. Também atirei uma flor ao ar, mas não para me apaixonar. Não tenho mensagens de bom dia nem de boa noite, não estou tão feliz nesse campo como a minha amiga mais feliz (ou uma das), não tenho nenhuma relação e não sou casmurra como a outra. Não estou vazia, não estou infeliz. Nem conformada nem inconformada. Não estou deprimida nem depressiva. Só com um olhar diferente sobre as coisas - My name is Pearl and I love[d] you the best way I know how.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

FÉRIAS

Para já tudo feito (só esperar que o mail esteja cheio de classificações finais e notas lançadas!). Tenho 15 dias para aproveitar.
Ontem foi noite de S. João e, para ser honesta, nunca tinha passado uma noite destas com um sentido tão popular, num local emblemático do Porto. Sardinhas, caldo verde, pimentos, broa, bifanas, fogo de artifício, música. Por outro lado, o concerto dos Buraka na Foz e o amanhecer na praia. Só faltou mesmo a fogueira.
Começaram agora e são até Setembro. Pra já há que organizar estes livros, estes apontamentos e estes sapatos (sim, tenho de da uma arrumação urgente a isto!). Depois cinema (Sex and the City II - shame on me que ainda não fui ver!!!!) e séries (acabar de ver Grey's Anatomy e começar uma das outras todas que para aqui andam!). E seguem-se os livros. Pelo menos 12 que eu queria ter lido e não li. E nos entretantos o trabalho. E a praia. Claro, a praia e os bikinis. E o bronze!
E pausa para trabalho. O Marés Vivas, o concerto da Adriana, talvez o concerto do Caetano.
E o Jardim Botânico, a Quinta das Lágrimas, Lisboa, o Algarve, o fim-de-semana do S. Paio.
Diz que vai ser um Verão em grande!

terça-feira, 22 de junho de 2010

(Mãe, hoje podes vir aqui)




A menina está a menos de um mês de fazer 20 anos.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Então é assim:

como é que uma pessoa que está morta de dores de cabeça* vai estudar Fonética, Fonologia e Morfologia?
Não sei, mas não me adianta de nada ripostar. Adeus, mundo! Daqui a umas horas espero continuar a ter sanidade mental.
*As dores de cabeça vêm do sonho estúpido, estúpido, estúpido que eu tive. Já não bastava a vida real...agora até nos sonhos as questões e as pessoas são as mesmas! Não há pachorra!

Cada coisa no seu lugar

Há uma parte de mim que gosta de se convencer que tem jeito para trabalhos manuais. Sendo eu uma das pessoas mais desastradas que conheço, geralmente há sempre quem tenha medo de me delegar estas tarefas. Para a semana vou perder uma tardezinha a ouvir MPB (música popular brasileira: tanta musiquinha nova de Maria Rita, Chico Buarque, Djavan, Caetano e companhia!) e a forrar caixas. Tem dias em que funciona como um exercício anti-stress, noutros é apenas o gosto por arrumação e por ter as coisinhas bonitinhas. (A juntar à minha mais recente panca por decoração, mas adiante.)

Outra das tarefas será organizar os apontamentos dos 2 anos de Faculdade. Percebi que tentar meter tudo dentro de uma capa não funciona, que já não tenho espaço onde pôr tanto livro, tanta capa, tanto papel e que o melhor é começar a colocar tudo em ordem para saber onde está o quê, se mais tarde precisar.


Fora isso, espera-se o S.João, o maldito exame de Estruturas Fonológicas e Morfológicas do Português. Estudei a parte da Fonologia e já me senti menos burra do que há 5 horas atrás. Espera-se também a Antologia do Fado de Coimbra, o Marés Vivas em pleno aniversário da menina, Lisboa, o Algarve e sabe-se lá que mais.

domingo, 20 de junho de 2010

Sextas à noite, neste blog, são noites de poesia #6

O que desejei às vezes

O que desejei às vezes
Diante do teu olhar,
Diante da tua boca!

Quase que choro de pena
Medindo aquela ansiedade
Pela de hoje - que é tão pouca!

Tão pouca que nem existe!

De tudo quanto nós fomos,
Apenas sei que sou triste.

António Botto
Aves de Um Parque Real
As Canções de António Botto
Editorial Presença
1999
Estou a uma escassa meia hora de terminar um dos trabalhos mais horrorosos que já fiz na Faculdade e de entrar no modo só-me-falta-um-exame e estou de férias. Férias que é como quem diz! Entre reuniões, aulas para preparar, actividades para preparar e Novas Cartas Portuguesas para trabalhar não vai sobrar muito tempo.
Eu já cá venho actualizar as Sextas de Poesia...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Ainda estou pra saber como é que finalmente apago a luz às 2.48h e acordo às 6 da manhã sem sono. Ia ter de me levantar uma hora depois. Ficar a olhar pro tecto não era solução. Dar voltas à cabeça também não. Então vi as televendas e fiquei maravilhada com um aparelho muito engraçado que cozinha tudo o que se quiser, é só temperar e meter tudo lá dentro. Até podem ser coisas congeladas. E tinha um livro de receitas a acompanhar. E custava 99euros. E dava pra levar pra mesa.
Depois de sete horas numa faculdade não espelunca como a FLUP (ai que instalações...até o tecto cai, os azulejos quase dão pra fazer puzzles e as cadeiras do bar devem ter vindo do fim do mundo), ainda que labiríntica - a FPCEUP é enorme e eu juro que se não fosse a MJ não sabia sair de lá, estava mais que cansada. Mal pus o pezinho em casa dormi em tudo o que era sítio, não jantei; entretanto acordei e achei por bem comer alguma coisa. Enviei o último trabalho obrigatório, respondi a emails e a notificações do facebook. E fui ficando enjoada e maldisposta depois de tanta hora sem comer. E já li duas peças de teatro pro exame de sexta. Sono claro que não há. Pelo menos estou melhor. Mas há uma música hoje e faz todo o sentido.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Então é assim...

7 horas e 2997 palavras depois, decidi que é melhor ir dormir um bocado. Estou com uma p*** de uma enxaqueca? Estou. Mas ainda tenho 3 páginas para enquadrar em frases bonitas, uma conclusão e mais um trabalho para fazer. E estudar para 2 exames medonhos. Por agora cama que daqui a umas horas também é dia. Bom dia!

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Say what?!

Praia, sol, cocktails, esplanadas, mariscadas, arrasar com o Ferdinand, o príncipe muito honesto de uma peça de Shakespeare, gozar com a franja da J. ou com a Miss Bright Side, principalmente com "já usavas um avental verde alface" ou "olha tu de azul celeste ou rosa choque", praia, a praia e a areia e o mar e as ruas do Porto à noite, as esplanadas do Cais, as francesinhas, o Tropical.
Em vez disso fui parar a uma rua duvidosa, cheia de medo de levar uma navalhada ou duas e ficar pr'ali a esvair-me em sangue. Ah e Barroco. É isso e estatuária barroca. Em espanhol.

sábado, 12 de junho de 2010

O casal da Casal

Muito honestamente, não gosto de grandes cenas na rua. Entenda-se a dita como shoppings, esplanadas, cafés, discotecas, etc. Grandes cenas entenda-se por filmes quase porno. Ontem fomos à Feira do Livro (meus queridos Nuno Júdice e Anaïs Nin) e depois, como é hábito, à Casal. Bolinho de noz, suminhos naturais e café à parte, ao lado da nossa mesa, já não se entendia se aquilo era bacalhau com todos, passe a expressão, se era moqueca... E só dizia o C. "Bem, está na hora de irmos embora que já chega de comer"; dizia a Miss Bright Side "Eu tenho pais! E eles não são assim!". Eu fazia o meu ar de não estou a ver nada, mas por favor tirem-me estes dois daqui.
De repente, tentando concentrar-nos na conversa que estávamos a ter, o que era praticamente impossível tendo em conta a performance do casal (que já não ia pra novo!), assustámo-nos: então não é que aquilo já ia no mete a mão aqui, mete a mão ali e juro, mais um bocadinho e tínhamos visto as cuecas da senhora.
Isto tudo pra dizer que um bocadinho de contenção e discrição nunca fez mal a ninguém.

Sabemos que somos as pessoas com quem a vida mais gosta de brincar...

quando desmaiamos em igrejas a meio da missa e quando vemos a nossa vida a andar para trás porque o mestrado que queremos já se foi e que o que sobrou dele não tem grande interesse.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Sextas à noite, neste blog, são noites de poesia #5

Floriram por engano as rosas bravas


Floriram por engano as rosas bravas
No Inverno: veio o vento desfolhá-las...
Em que cismas, meu bem? Porque me calas
As vozes com que há pouco me enganavas?

Castelos doidos! Tão cedo caístes!...
Onde vamos, alheio o pensamento,
De mãos dadas? Teus olhos, que um momento
Perscrutaram nos meus, como vão tristes!

E sobre nós cai nupcial a neve,
Surda, em triunfo, pétalas, de leve
Juncando o chão, na acrópole de gelos...

Em redor do teu vulto é como um véu!
Quem as esparze – quanta flor! – do céu,
Sobre nós dois, sobre os nossos cabelos?

Camilo Pessanha (in Clepsydra)

Sextas à noite, neste blog, são noites de poesia #4

Euforia


cai neve no cérebro vivo do imaculado - dizem
que este milagres só são possíveis com rosas e
enganos - precisamente no segundo em que a insónia
transmuda os metais diurnos em estrume do coração

dizem também
que um duende dança na erecção do enforcado - o fulgor
dos sémenes venenosos alastra no brilho dos olhos e
um sussurro de tinta preta aflora os lábios
fere a mão de gelo que se aproxima da boca

o vómito da luz ergue-se
das palavras ditas em surdina

a seguir vem o sono
e o miraculado entra no voo dos cisnes
o dia cansa-sena brutalidade com que a voz se atira contra as paredes
abrindo fendas em toda a extensão das veias e dos tendões

quando desperta com o crepúsculo
o miraculado olha-nos fixamente e sorri
dá-nos uma rosa em forma de estilete - fechamos os olhos
sabendo que este é o maior engano
da eternidade


Al-Berto (in Horto de Incêndio)

quinta-feira, 10 de junho de 2010

11 de saudade

Correram, assim, na calma do tempo. Não fiz as contas para saber quantos dias são, mas são muitos a sentir a tua falta. Nunca te quis deixar ir, até que inevitavelmente percebi que seria melhor deixar-te descansar e manter-te vivo dentro de mim. As lágrimas de dor por já não te ter aqui há tanto tempo transformam-se num sorriso sereno de lembrança ainda que, de vez em quando, uma dorzinha mais aguda atravesse o coração. Já não me viste chorar pelo primeiro desgosto de amor. Não estavas quando me magoei a sério no joelho. Não estavas quando contei que tinha um namorado, quando chorei dias a fio porque o perdi. Não estavas no primeiro dia em que entrei na faculdade no 1º ano nem no 2º. Não estavas quando um a um todos eles também foram embora, quando chorámos as três entregues a nós próprias e umas às outras, como sempre nos ensinaste. Não estavas quando me desiludi com uma das grande amigas. Não estavas na festa surpresa dos meus quinze anos. Não estavas quando discuti com ele da 1ª nem da 2ª nem da 3ª vez, quando ficámos dois meses sem falar. Não estavas quando cheguei a casa às 4 da manhã da primeira vez que fui a uma discoteca ou quando cheguei às 9h quando sair já se tinha tornado um hábito. Não me viste na primeira vez que trajei nem quando subi ao palco para ir receber aqueles prémios todos dos quais sei que te orgulhas. Engraçado, estiveste sempre lá. Sempre.
Elas dizem e assustam-se com os gestos que faço. Estou a vê-lo agora. Ele fazia esse gesto exactamente assim. É um bocadinho físico de ti que fica em mim.
Os bilhetes nos aniversários religiosamente seguindo o mesmo esquema: um acróstico com o meu nome e as tuas palavras. A colecção infindável de moedas e de porta-chaves. E os isqueiros encontrados na garagem! Foste sempre uma caixinha de surpresas.
Os álbuns de fotografias cheios e rigorosamente ordenados por datas e locais. Os desenhos dos barcos a tinta azul. Não tinhas jeito nenhum para desenhar, mas eu insistia sempre e tu fazias. As férias no Algarve a comer bolas de berlim, as tardes de Inverno a comer Cheetos e batatas fritas. O chocolate branco Galaak e os ursinhos do Tuli-creme. As viagens para o Algarve e a minha implicância com o cheiro a ovos cozidos. Ainda hoje sinto esse cheiro e lembro-me sempre de ti.
Não vais estar cá quando eu me formar, quando eu tiver os meus filhos, quando conseguir o primeiro emprego, quando eu casar, quando eu chegar depois de partir, quando me tornar independente, quando tiver a minha casa. Mas estarás sempre. Sempre. Como estás hoje.
Há tanto de ti em mim, tanto.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A ver se este mulherio abre os olhos

Quando ele não:
a)liga
b)manda mensagem
c)responde à mensagem
d)fala


não arranjem desculpas. É mesmo porque não quer.



Abébias:

1) Pode perder o telemóvel. Pode, mas não perde todos os dias.
2)Pode não ter mensagens. Pode, mas arranja maneira.
3)Pode estar ocupado. Pode, mas não está 24horas ocupado. Não come? Não bebe? Pois, bem me parecia.
4)Pode ter-se esquecido. Pode, isso pode, mas aposto que não abre a caixa de entrada uma vez ao dia.
5)Pode ter partido os dedos das mãos. Pode, mas parti-los todos ao mesmo tempo só se for ao estilo recado da Máfia.
Pra mim a questão coloca-se geralmente assim. Deve ser por isso que o P. diz que eu penso como um homem e que a Mé diz que não gosta da minha objectividade. Ups!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Vá, agora a sério

Depois da saga dos sonhos com gravidez, veio a saga dos sonhos com casamentos. Pior que isso é perguntarem-me duas vezes no espaço de duas semanas se sou CASADA. Mas eu por acaso tenho ar de mulher casada, tenho?! Ainda tentei argumentar com "só tenho 19 anos, não há cá casamentos", mas ouvi "há pessoas mais novas que já se enforcaram", achando por bem terminar por ali a breve conversa.
Qualquer dia em vez de me oferecerem sapatos oferecem-me uma batedeira ou uma máquina de café! Quer dizer, pensando bem, já me ofereceram um conjunto de panelas, bem ao estilo do "é pro ENXOVAL" e sou herdeira legítima de uma infinidade de colchas de crochet, de toalhas, de panos e paninhos. I'm sorry to disappoint you...mas eu cá não gosto dessas coisas. Deixem-me lá entregue aos sapatinhos, vestidinhos, bikinis, maquilhagem, etc., etc. e esqueçam lá o trém de cozinha, a Bimby, a esfregona e a varinha mágica.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Madrugadas

Eram 5 da manhã e eu estava esfomeada. O Ferdinand disse que ia comer pão com manteiga e eu fiquei-me pela meloa.
Eram 6 da manhã e finalmente apaguei a luz. Foram os textos para ler, foi o MSN e o facebook. Foram os dois episódios de CSI, foi a agenda por actualizar e os dias a andar pra trás no calendário.
Eram 8 da manhã e eu acordei, sobressaltada com o despertador. Adormeci, voltou a tocar. E eu, feita estúpida, comecei-me a rir por nada, sozinha, completamente sozinha, às 8 da manhã.
Eram 10 da manhã e estava na faculdade,no bar de sempre, agora com cada vez menos gente, a ouvir as novidades das amigas e a aparvalhar.
Eram 11 da manhã e estava com o meu ar intelectual a falar da virgindade dos cavaleiros. Eram 11 da manhã e o professor disse "Perceval era um bom rapaz! Andava lá com o dardo a caçar pássaros".
Era meio-dia e estavava a vir para casa com os phones nos ouvidos e nenhuma vontade de ouvir música.
Eram 2 da tarde e acabei de almoçar.
Eram 2.30 da tarde e eu reparei que estava feliz.
O meu fim-de-semana passou entre sapatos, Djavan e dilemas.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Relatório da vida quotidiana da dona do blog. Essa, a desaparecida.

Por estas bandas o trabalho é mais que muito - já se sabe que o raio da miúda está sempre afogada em papel, canetas e livros - mas arranja-se sempre um tempinho para dar um salto a uma festarola. Depois de dias de publicidade, sms a anunciá-la, eis que chegou a Barracada. Pareceu-me que era uma amostra de Queima (fraquinha) no atrium da muy nobre Faculdade de Letras, com meia dúzia de barracas da Sagres, música que não se ouvia em lado nenhum e pães com chouriço. Eram 3 da manhã e já as luzes se apagavam numa ou duas delas. Basicamente foi uma espelunca e diz que Arquitectura é que é e eu acho que me vou render aos comentários da Joana, do SuperM e do Ferdinand e vou-me mudar pra rua de baixo que vai ser uma maravilha.
Mudando de assunto, bom bom era eu conseguir fazer tudo o que tenho pra fazer, porque não se admite perder uma noite nas Galerias Lumière pra ficar em casa de vestido-azul-que-ainda-tem-outro-perfume a ler sobre o Pe. Vieira, tendo na estante à nossa frente pequenas facadas literárias que por acaso só se chamam História do Porto e Quantas madrugadas tem a noite (Ondjaki).
Bem, mas nem tudo está perdido: comprei dois pares de sapatos. Humpf.