sábado, 31 de julho de 2010

Uma questão de nervos

Não, não vamos falar desse filme, mas sim do filme que é quando eu me enervo. Podendo não parecer, eu sou uma pessoa nervosa e quando os nervos chegam ao ponto de saturação nem sei se diga venham cá ajudar ou saiam daqui. Então isto é assim: durante muitos anos foi o estômago. Vomitava que me fartava, tinha dores de madrugada e não dormia. Depois isto acalmou e o esquema mudou. Ataques de ansiedade. Ela treme, ela chora, ela fica com falta de ar. Ela mal consegue pensar. É terrível. Não se controla. Há dias em que acho que se alguém me visse me chamava doida. Pobre Miss Bright Side que ontem aturou uma coisa dessas.Mas este não foi grave, não cheguei a ficar com as mãos paralisadas (true story) nem a tremer por todos os lados. Só a dificuldade em respirar. E o choro. Se não me chateassem tanto o juizo...eu não me enervava tanto.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dietas

Agora sim posso falar no assunto: dietas. Começou a 9 de Maio. No início de Junho já tinham ido 6 à vida. Em Julho outros 4. Balanço: menos 10 kg no corpinho, menos centímetros de cintura e anca, mantém-se o resto (obrigada, Altíssimo!!!). Não se passou fome, mas fechou-se a boca. Era lindo sair pelas ruas do Porto e ir parar ao Tropical às 5 da manhã e ouvi-los dizer
-Uma francesinha especial!
-Uma cola tropical e um pão de alho com queijo e bacon!
-Um crepe não-sei-quantas!
-Uma tosta mista com molho de francesinha e uma dose de batatas!
e eu era a única que dizia:
-Uma água sem gás fresca e uma salada de fruta tropical.
Fora isso, adeus chocolatinho (nham nham), cookies, fritos (já não sei o que são panados, juro!) e toda a panóplia de coisas que se alojam nas ancas. Olá iogurtes magros, gelatina 10 calorias, queijo fresco, pão integral,saladas, etc. etc.
Confesso que não custou! Aliás, a Dra. Fernanda dava-me sempre na cabeça pra eu fazer as refeições livres! Coma uma fatia de bolo, chocolate, o que quiser, dizia ela. Uma fofa! Dava-me sempre os parabéns de cada vez que eu lá ia e ainda me deu dicas pra saber o que comer. Vá, o único senão é começar a ver os rótulos das coisas no supermercado, mas, graças a isso, descobri umas bolachinhas da ProAlimentar bem boas e só com 29calorias. Mais as Marie Lu (que enganam a vontade de comer bolachas de chocolate) de 99calorias. E as barrinhas da Alpen! Mais o Compal Light e a água tónica da Frize.
(Só pela publicidade era já mandarem-me umas quantas caixas, pá!)
Não foi pelo Verão. Foi mesmo por mim.

terça-feira, 27 de julho de 2010

João Miguel,

mal vi o teu pedido de amizade no facebook soube que a coisa ia correr mal. Para começar tens a fotografia de um rato, coisa que eu detesto. E um homem com uma foto de um rato não deve ser boa peça. Pois bem, contrariando estes pré-conceitos instalados na minha mente lá te adicionei. Depois reparei que nasceste em 1991. Outro mau indício. Ainda assim relevei. 10 minutos depois falaste comigo no chat. Olá! Tudo bem? - até aí não estavas a ir mal, filhote. Mas depois escorregaste na casca da banana. QUE FAXEX?, perguntaste tu. Como se não bastasse este erro crasso ainda te enterraste mais. Perguntaste Donde teclas?. E um gajo que me pergunta essas coisas e dessa maneira não serve para amigo do facebook. Então, com dois cliques - um na tua página e outro no 'remover da lista de amigos' - acabou a nossa amizade. Rápido e indolor. Felicidades com os teus X e K e o diabo a quatro.

Summer time































quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nós, as gajas - parte II

Nós, as gajas, temos sempre a tendência para escolher mal. É certo que nós, as gajas, temos uma grande parte de culpa no que toca o correr mal. E isto porque, ainda que não gostemos de banho-maria, tentamos armar-nos em gajos e tentar fazer o mesmo, só que não dá resultado. Isto é mulherio e já se sabe que não há cá controlo de temperatura. Se o caldo tiver de entornar entorna e alguém há-de limpar. Diz que há esfregonas e panos pra isso mesmo. Ora, tudo entornado, é coisa pra nunca mais ficar em ponto rebuçado... que de doce, meus queridos, já não tem nada.
Pois bem, lá escolhemos nós, as gajas, mal e porcamente. E tal e coisa corre mal e coisa e tal não há volta a dar. Enquanto nada é tal nem coisa, há o outro que ronda. O bonzinho. Aquele que saca do lenço para nos dar, gajas, quando nos lamentamos infinitamente Ai que eu gosto tanto do X. Ai que não entendo o X! O X não veio ter comigo porque queria que o canário fizesse malabarismo! Ai tu vê lá, coitadinho! Tanta paciência que ele tem pro bicho! E lá está o bonzinho, de manhoso! Ah grande sacana! Lá vem o bonzinho com o discurso (idioto-)platónico do Por quem sois, minha senhora, estarei sempre por perto para vos amparar! Lá vem o bonzinho avançar no terreno. E ataca. E vai na volta nós, as gajas, estamos vulneráveis e sensíveis e toldadas pela paixão impossível ou apenas simplesmente fodida por circunstâncias várias da vida, e quando damos conta quase temos o bonzinho em cima de nós. (Não literalmente...mas a tender para!) Bonzinho confortavelmente instalado no sofá que era do X, quiçá nós, as gajas, ainda lhe mudamos o canal da televisão lá do cantinho pra Sport TV que vai começar o Benfica e o importante é agradar. Só que, de repente, todo um bonzinho se transforma em cafajeste. E depois o que acontece connosco, as gajas? É simples, pá! Voltem ao início do texto que não vou escrever o mesmo outra vez!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Nós, as gajas

Nós, as gajas, gostamos é dos gajos complicados. Dos que têm mil e um problemas. Então se for um que inventa mil e um problemas, é fazer o favor de mandar que a gente aceita. E quase a agradecer aos céus por tal dádiva. Nós, as gajas, não queremos saber do todo querido e fofo que nos pede uma oportunidade, que é carinhoso tempos infinitos e que não desiste de nós. Não! Nós gostamos mesmo daqueles que já ligaram e que não ligam, dos que fazem gato-sapato. Nós, as gajas, gostamos é de dar voltas à cabeça a tentar perceber esses seres acometidos de ataques de pânico porque reparam que afinal até gostam de nós, as gajas. Ou então porque já não gostam e se armam em idiotas com teorias ainda mais absurdas de afastamento. E nós, as gajas, começamos a reparar nestas coisas. Menos uma hora a conversar, ai-que-estou-atrasado-pra-sair, ai-hoje-não-posso-estar-contigo, ai-que-o-meu-gato-está-a-falar, ai-que-o-Bobby-acabou de-parir-um-cisne; ou se antes era Vais pra casa sozinha a esta hora a conduzir? Quando chegares liga para saber que está tudo bem! isso passa a Vais pra casa sozinha a esta hora a conduzir? E então?Qual é o problema? Até parece que não está habituada, a besta!. E isto se não for estou-me a lixar pra ti, grande lapa que já foi a mqt! Ainda não percebeste que me quero livrar de ti?Se fosses contar os paralelos do Porto é que era! Já não pode um gajo estar aqui a beber umas Mines e a comer uns tremoços à vontade que lá vem ela perguntar se está tudo bem comigo. Claro que está, parva! Se me acontecer alguma coisa alguém há-de saber.
Nós, as gajas, gostamos de coisas arrumadas no sítio. Não nos venham cá com as merdas do vamos ver. E isto porque nós, as tais gajas, não gostamos de vamos ver. É mais vemos e vamos, percebem? Isto tem de implicar movimentação que isto é gente frenética nestas coisas das relações e não gosta nada de banho-maria.

domingo, 18 de julho de 2010

Ontem chegaram os 20

e, se forem como os 19, no mínimo, serão inesquecíveis.
Parabéns a mim.


Caxias 68

Luz recortada nesta manhã fria
Muros e portões chave após chave
O meu amor por ti é fundo e grave
Confirmado nas grades deste dia


Sophia de Mello Breyner Andresen in Dual


sábado, 10 de julho de 2010

Mudou (tanto) tudo (tudo) tanto.

Mas afinal andamos a enganar quem?! Só se for a nós próprios. É um que anda com todas porque no fundo, no fundo tem medo de ficar sozinho. Ou que quer uma e que, mesmo querendo que ela seja feliz, está a torcer para que tudo corra mal com o outro porque a quer para ele. É o outro que gosta das duas, que não sabe de qual gosta mais, de qual gosta menos. É o mesmo que se faz de desentendido quando ela decide pôr um ponto final naquilo mesmo não querendo. É o mesmo que continua a perguntar-lhe religiosamente todos os dias como ela está. É esse mesmo, o que não a está a ajudar, que a elogia constantemente, que tem presentes pra ela. É ainda outro que já gostou dela, mas que já não gosta e, na verdade, sabem os dois do mesmo,mas disfarçam. Ou se calhar gostam do disfarce e um do outro, mas tudo (tanto) mudou (tudo) tanto. São os 2+2 que sabem o que querem e só de se olhar sabem que vão ficar juntos. É a outra que vai embora e não quer começar nada. São os outros que disputam a mesma pessoa. É um de tantos que está acomodado e que não acaba porque afinal mais vale ter um pássaro na mão que dois a voar. É a outra que morde o lábio quando desconfia. É a amiga da outra que ergue a sobrancelha quando percebe que o outro não a larga e que não a deixa esquecê-lo. É outra ainda que está na zona de conforto, como ela diz. E é a amiga que a puxa para o jogo constante que ela não quer jogar. E afinal aparece logo um que acha que 3 ou 4 palavras são ataques. Mas não. É uma questão de interpretação. É a outra que foi traída, mas continua apaixonada. A outra que está sozinha e deseja ardentemente apaixonar-se. A outra que quer esquecer o grande amor e não quer começar nada com ninguém. E é o outro que a pressiona sem se aperceber que já a perdeu. A outra que se reconciliou com o outro. A outra que está feliz com um há um ano. O outro que diz que não tem animação na vida.
É a outra que se lembra dos meses a passar, dos dias a correr. E que se lembra de fazer contas. As horas são sempre a somar,mais um dia, mais uma semana, mais um mês, mais meio ano. E, afinal, vai sempre mudando (tanto) tudo (tudo) tanto.