quinta-feira, 22 de julho de 2010

Nós, as gajas - parte II

Nós, as gajas, temos sempre a tendência para escolher mal. É certo que nós, as gajas, temos uma grande parte de culpa no que toca o correr mal. E isto porque, ainda que não gostemos de banho-maria, tentamos armar-nos em gajos e tentar fazer o mesmo, só que não dá resultado. Isto é mulherio e já se sabe que não há cá controlo de temperatura. Se o caldo tiver de entornar entorna e alguém há-de limpar. Diz que há esfregonas e panos pra isso mesmo. Ora, tudo entornado, é coisa pra nunca mais ficar em ponto rebuçado... que de doce, meus queridos, já não tem nada.
Pois bem, lá escolhemos nós, as gajas, mal e porcamente. E tal e coisa corre mal e coisa e tal não há volta a dar. Enquanto nada é tal nem coisa, há o outro que ronda. O bonzinho. Aquele que saca do lenço para nos dar, gajas, quando nos lamentamos infinitamente Ai que eu gosto tanto do X. Ai que não entendo o X! O X não veio ter comigo porque queria que o canário fizesse malabarismo! Ai tu vê lá, coitadinho! Tanta paciência que ele tem pro bicho! E lá está o bonzinho, de manhoso! Ah grande sacana! Lá vem o bonzinho com o discurso (idioto-)platónico do Por quem sois, minha senhora, estarei sempre por perto para vos amparar! Lá vem o bonzinho avançar no terreno. E ataca. E vai na volta nós, as gajas, estamos vulneráveis e sensíveis e toldadas pela paixão impossível ou apenas simplesmente fodida por circunstâncias várias da vida, e quando damos conta quase temos o bonzinho em cima de nós. (Não literalmente...mas a tender para!) Bonzinho confortavelmente instalado no sofá que era do X, quiçá nós, as gajas, ainda lhe mudamos o canal da televisão lá do cantinho pra Sport TV que vai começar o Benfica e o importante é agradar. Só que, de repente, todo um bonzinho se transforma em cafajeste. E depois o que acontece connosco, as gajas? É simples, pá! Voltem ao início do texto que não vou escrever o mesmo outra vez!

Sem comentários: