Nós, as gajas, gostamos é dos gajos complicados. Dos que têm mil e um problemas. Então se for um que inventa mil e um problemas, é fazer o favor de mandar que a gente aceita. E quase a agradecer aos céus por tal dádiva. Nós, as gajas, não queremos saber do todo querido e fofo que nos pede uma oportunidade, que é carinhoso tempos infinitos e que não desiste de nós. Não! Nós gostamos mesmo daqueles que já ligaram e que não ligam, dos que fazem gato-sapato. Nós, as gajas, gostamos é de dar voltas à cabeça a tentar perceber esses seres acometidos de ataques de pânico porque reparam que afinal até gostam de nós, as gajas. Ou então porque já não gostam e se armam em idiotas com teorias ainda mais absurdas de afastamento. E nós, as gajas, começamos a reparar nestas coisas. Menos uma hora a conversar, ai-que-estou-atrasado-pra-sair, ai-hoje-não-posso-estar-contigo, ai-que-o-meu-gato-está-a-falar, ai-que-o-Bobby-acabou de-parir-um-cisne; ou se antes era Vais pra casa sozinha a esta hora a conduzir? Quando chegares liga para saber que está tudo bem! isso passa a Vais pra casa sozinha a esta hora a conduzir? E então?Qual é o problema? Até parece que não está habituada, a besta!. E isto se não for estou-me a lixar pra ti, grande lapa que já foi a mqt! Ainda não percebeste que me quero livrar de ti?Se fosses contar os paralelos do Porto é que era! Já não pode um gajo estar aqui a beber umas Mines e a comer uns tremoços à vontade que lá vem ela perguntar se está tudo bem comigo. Claro que está, parva! Se me acontecer alguma coisa alguém há-de saber.
Nós, as gajas, gostamos de coisas arrumadas no sítio. Não nos venham cá com as merdas do vamos ver. E isto porque nós, as tais gajas, não gostamos de vamos ver. É mais vemos e vamos, percebem? Isto tem de implicar movimentação que isto é gente frenética nestas coisas das relações e não gosta nada de banho-maria.
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