Agora que findou a Semana da Queima, que festa, amigos e riso foram as palavras de ordem, agora que o negro acalmou, é altura de me (re)concentrar na Faculdade. Pois, e para quem lê este cantinho, já sabe que inevitavelmente vamos parar aos livros. E então, para esta semana, para além das peças de teatro de Plínio Marcos e Hilda Hilst, temos a Demanda do Santo Graal, o famoso romance arturiano, temos ainda João Vêncio: os seus amores, de Luandino Vieira e ainda, a título de deleite pessoal, Os Clandestinos, de Fernando Namora, ao qual pertence a passagem seguinte (p.17):
"...«Beija-me, querido», e enquanto o beijava e era beijada, enquanto lhe estorvava os resmungos e as perguntas com a boca ávida, que era uma espécie de mordaça aplicada sobre a sua, ia-se despindo, pondo em cada gesto a urgência e o frenesi de uma devastação. «Beija-me, querido, beija-me», já descalça, já nua, mas ainda a ondear pelo quarto, a excitar-se e a excitá-lo, remirando-se ao espelho..."
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