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Expressão corporal fora de série, uma interpretação ainda melhor e um texto despudorado, sem preconceitos e que retrata verdadeiramente o universo feminino. Não é só uma peça para mulheres; é também para homens que querem conhecer (melhor) as mulheres e a relação que elas têm com o seu corpo.
Como pontos negativos, acho que há alguns pais que estão muito fora da graça do Senhor; não é texto nem lugar para criancinhas pequenas. Mais fora ainda está a senhora pacóvia que decidiu tirar fotos com flash a meio da peça. Mais uma vez, São José, no final, sai do palco e, em frente a toda a audiência, pede-lhe para apagar as fotografias que tirou pois, como ela disse muito bem, elas são actrizes e não bonecos. Aplauso de pé pra ela. Lá está a cultura do povinho. Tudo bem que toda a gente quer uma fotografia, mas não é permitido. Querem fotos vão à net que de certeza que há fotógrafos contratados para esse trabalho e que as expõem em sites de revistas, blogs, whatever. Já nem falo na falta de respeito que é para com as actrizes e para com o restante público.
PS: Adorei os modelitos! São José com uma criação de Dino Alves (apetecia-me despi-la e roubar-lhe o vestido!), Ana Brito e Cunha com uma dos StoryTailors (estou a ficar fã!) e Guida Maria num modelo de Nuno Baltazar muito discreto, apropriado e, acima de tudo, sensual (apesar de eu achar que fica melhor em mim do que nela. Sorry, Guida).