Constatação #1

Acho que estou a precisar de terra firme e não de terrenos pantanosos.

De como me perco na minha vida

Há aqueles momentos na vida em que entramos em modo PAUSA. O meu foi hoje. 30 km a conduzir, a estrada sem fim. E a minha cabeça dava voltas e voltas a pensar em decisões que tomei, no rumo que segui. Tenho quase 20 anos e estou a meio da minha licenciatura de 3 anos. Pretendo continuar de imediato e seguir para mestrado. Quero estudar o que gosto; sinto-me como peixe na água no meio de livros velhos, de páginas e páginas de palavras a cheirar a mofo (ok, os de Linguística dispenso). Mas também quero ser independente depressa. Gosto imenso de espaço para mim: eu e as minhas ideias, divagações, coisas, gargalhadas por coisa nenhuma; não ter de dar explicações nem dizer que vou a X sítio, que provavelmente chego a X hora. Mas também sabe bem o miminho da família, a rotina a que estou habituada...

Parece que hoje ando a divagar e a passear pela minha vida. A sentir saudades de algumas coisas e pessoas, a lamentar ter feito outras, a rever o que aprendi e não esqueci; a pensar como serão aquelas que irei fazer, tendo plena consciência de que o amanhã é demasiado incerto.

Conheço-me tão bem que tenho medo das decisões que possa tomar daqui para a frente. Assusta-me saber exactamente como sou e quem sou. Deve ser das únicas coisas na minha vida que nunca pus em causa. Ultimamente tenho-me dedicado não só a família/amigos/curso como também a construir muralhas em relação à minha vida sentimental (sim, estou a falar daqueles seres humanos complicados que são os homens). É extremamente difícil alguém ultrapassar essas barreiras. O treino tem sido tão intenso que a cada dia ergo novas, ponho novos e variados obstáculos. Não estou mal assim; parece que aprendemos quando a vida nos puxa o tapete, quando nos mostra que tudo aquilo que pensámos é tão frágil que ao menor sopro corre o risco de ruir. E parece que algures no tempo eu prometi a mim mesma não voltar a ruir como já ruí. Mas, se antes era o "Esse? Não quero. Não estou pra me chatear a aturar um gajo que de certeza que me vai magoar. Pra quê? Se ele não me magoar,a minha reacção vai ser afastá-lo" ou "Aquele acha-me piada. Ok. E então? O que é que eu tenho a ver com isso?", agora é o simples "Sinto falta".

Hoje é dia de desafio!

''Enunciar 5 manias suas, hábitos muitos pessoais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo. Cada participante deve produzir este regulamento no seu blogue.''





1- É um bocado parvo, mas tenho a mania de pôr os espelhos do carro pra dentro porque acho que há-de haver sempre um estouvado que vá contra eles (a isto chama-se olhar para os outros tendo-nos a nós próprios como referência!).

2 - Salto alto. É inevitável. Gosto, compro sempre (e depois queixo-me que quase não tenho saltos rasos pra sair).

3-O chá é uma mania. Seja verde, preto, frutos do bosque, limão, caramelo... Todos os dias a qualquer hora seja Verão ou Inverno.

4-Descrever exaustivamente o meu dia na agenda, que funciona como uma espécie de diário. A acrescentar que sou possuidora de duas: o tal "diário" e a agenda do dia-a-dia para marcar compromissos e afins.

5-Tenho a mania que eu é que sei da minha vida e vou aos arames quando alguém ousa sequer pensar em planeá-la por mim.





Passo o desafio à Miss Bright Side, Jane, Cathy Oh, Carolininha (quando vier aos blogs!) e à Inês Brito!

O Facebook

Rendi-me, pronto.

O Ano do Pensamento Mágico

"Um monólogo? Isso deve ser um bocado cansativo...", disse-me a minha mãe antes de eu sair de casa.

Foi tudo menos cansativo. Foi sublime. Nunca tinha chorado a ver uma peça de teatro. Esta tocou-me. Pela história, pela maneira de a contar, pelos sentimentos envolvidos. Da interpretação...nem falo! Não há palavras para descrever aquela senhora em palco. Que força, que voz, que expressividade, que tudo.

"A vida muda num instante."

O tempo corre nas nossas veias e nas nossas vidas. Um travo de saudade e de amor. Um travo de lembrança. E o mar.

"É preciso sentir a corrente mudar. E deixarmo-nos ir nela."

Quando cheguei e contei à minha mãe, ouvi-a dizer: "Oh que pena que eu não fui."

Ontem fomos ao culto...

e eu ouvi a seguinte conversa:

Ele (para uma ela visivelmente -muito- alcoolizada): Não devias namorar com esse gajo.

E pimba! Espeta-lhe grande beijo e ficam os dois juntos a noite toda e mete-a-mão-aqui-e-ali.

Voluptia (para Miss Bright Side): Eh lá, há aqui um corno!


E pronto, foi isto.

As minhas próximas duas leituras

O género narrativo e o género dramático.

Oscar Wilde e Fiama Hasse Pais Brandão.

O Retrato de Dorian Grey e Os Chapéus de Chuva.

A história do segundo livro remonta ao meu distante 11º ano, na altura em que eu tinha Literatura Portuguesa. Nesta disciplina, há o PIL (Projecto Individual de Leitura). E o PIL tem autores de referência. Contudo, as obras ou estão esgotadas ou estão longe. Por isso, a minha mãezinha (que é óptima nestas coisas), tratou de me arranjar o livrinho. Lá veio ele de Lisboa para o Porto pelo correio. Demorou, mas chegou. E lá vou eu muito contente com ele...e descubro que não há bibliografia. Zero. (Hoje em dia,os meus meios são diferentes! E de certeza que arranjava alguma coisa, mas no 11º ano...é complicado. O mundinho é demasiado fechado e, na área das Letras, quem está no secundário não tem a real noção do que há, do que foi feito e do que está a ser feito.) Por isso, mudei de livro. Fiz sobre Erros meus, má fortuna, amor ardente, de Natália Correia. Este veio de um alfarrabista qualquer. (Mas tenho a dizer que, mais uma vez, a minha santa mãezinha tratou de tudo e cá chegou ele perfeitinho, exclusivo.) E a isto junta-se mais uma peça de teatro, esta sim vinda da livraria do teatro D. Luís (acho eu! Se não for esse, é de outro qualquer de Lisboa!): As três cidras do amor, de Yvette Centeno. E isto tudo a propósito do PIL. E curiosamente são sempre peças de teatro. Só me falta mesmo ler esta para encerrar o ciclo "Peças de teatro do PIL". Ando sempre com a ideia de pegar nela, mas...não há tempo. Entre bibliografia obrigatória para cadeiras de faculdade e leituras pessoais, há sempre algum livrinho que fura a fila e se mete à frente de outro. Pois bem, é agora, é agora!

Já tenho bilhete!!!

O Ano do Pensamento Mágico

Et voilà...

acabaram os exames. O de hoje começou com gargalhadas e correu bem. Pra já, a menina planeia reformular o trabalhinho amanhã e, como é claro,estudar dia 28 e 29 para a melhoria de nota de Latim I. E é claro que com o final das responsabilidades, a menina está muito contente. Vejamos:

há uma tarde de compras, um ida ao local de culto mais famoso deste blog, uma jantarada na Póvoa, outra jantarada em casa da A., uma ida ao teatro, umas valentes idas ao cinema (seja mesmo no dito cujo ou em casa! Estou a precisar de actualizar a minha cultura cinematográfica...). Prevejo também uma ou outra (poucas,vá!) tarde de dolce fare niente na faculdade. E parece que logo no início de Fevereiro as meninas vão a Coimbra mudar de ares num estilo passeio-quero-conhecer-coisas-novas, socialização (OH GOD, a Joana já está a fazer planos...e provavelmente vai querer tirar uma foto comigo pra pôr no polémico álbum de hi5 "Festas e Andanças com a Voluptia"), fotografias, conversas animadíssimas. E vem também o Carnaval. E pronto, chega dia 17 e lá vamos nós voltar à vidinha de sempre.

O vinho do teu corpo - Neruda

Aliviar a carga

Já passou. Parece que me tiraram uma tonelada de cima dos ombros. Pra já respirei de alívio. E tomei a decisão de seguir via científica. Não consigo ser a vertente de ensino.Não consigo fazer-me isso. (E curiosamente saiu-me outro peso de cima dos ombros.)

Já me inscrevi em Latim I para fazer melhoria, vamos lá ver se dá... Senão são 12 euros deitados ao lixo. (Mas pelo menos tentei!)

E agora é melhor concentrar-me em Segunda-feira que vem aí o último exame. Depois disso...liberdade, I hope! Um mesinho de férias recheado com teatro (Miss Bright Side, temos de ver isso! Não tarda nada acaba o prazo!), cinema, reuniões a 4 tipo o Sexo e a Cidade num cafezinho URBAN, muito gourmet, muito fofo e recheado de coisas boas.

E muitas séries: muita Anatomia de Grey, muito Mentalista, muito Hamburgo 112, muito NCIS, muito CSI, muito Bones e tudo e tudo!

E muitas compras, muitos passeios, muitas noites de Eu vou a todas (ai dia 20, chega depressa, querido!), muito Porto, muitos livros e...sinceramente...muito pouca Faculdade!

Vida de estudante

Tive exame de Li-te-ra-tu-ra Por-tu-gue-sa Me-di-e-val (só por isto já devia ter vinte: mostra que sei fazer a divisão silábica; acredito que haja por esse mundo muito boa gente que não a saiba fazer). Acho que correu bem. Saíram as notas de Humanismo...e pra ser sincera fiquei desapontada. Má não é,mas pronto. Também sei que este semestre é mais difícil que o segundo. Parece que temos um mês de mais "descanso", por assim dizer. E, muito honestamente, ainda bem. Parece que está na altura de pensar em...prioridades. E elas, no 2º semestre vão sofrer uma alteraçãozinha.

Ainda falta fazer dois exames, reformular um trabalho, fazer um melhoria. Com a tendência para o dobro: duas melhorias. Até dia 30. Well...não me parece assim tão mal. Mas isto se passar no de quinta-feira e no da próxima segunda. Já disse hoje que a minha vida é um lixo? Não, pois não? Aqui vai: a minha vida é um lixo.

Eu sabia que devíamos ter ido à farmácia

E tudo isto porque se tivessemos ido à farmácia, a senhora-muito-simpática-do-carro-cinzento não tinha batido no carro da minha mãe. Eu não tinha tido um ataque de ansiedade e nem sequer teria tido a brilhante ideia de tentar fazer do Destak um saco de papel para respirar lá pra dentro. E também não tinha dores no peito por causa do cinto.

Mas pronto, não fomos à farmácia. Tivemos um acidente e, apesar de tudo, estamos bem. Estava um frio do caraças e a tinta da caneta parecia congelada. Pelo menos os agentes da GNR eram muito simpáticos (sim, é mesmo verdade!) e, veja-se, a minha mãe e a senhora que bateu no carro dela deram-se bem. E no fim a senhora ainda me disse: "oh menina, desculpe o susto, menina! Eu não a conheço de lado nenhum,mas muitas felicidades e tudo de bom pra si." (Pelo menos não me disse "Continuação, muita saudinha!").

Diz que é uma espécie de estudo

São quase 4 da manhã e eu estou a fazer índices. (A minha vida é um lixo!)

Um autor tem a infelicidade de ter como apelido Rennes. Eu falo dele num trabalho. Comentário da Prof.: "Rennes é uma cidade..." - Senhora, eu sei que é uma cidade. Se o homem tem esse nome, a culpa é do paizinho dele, ok? (E eu que ature isto. Se o homem se chamasse, por exemplo, Leopoldo França e se eu escrevesse "Como diz França..." será que ela me escrevia "França é um país..." ?)

Ah! Queimei-me outra vez. (A minha mão arde e sim, a minha vida é um grande saco de lixo pestilento!)

Não me apetece estudar. Estou em stress. (By the way, estamos todos.) As fotocópias parecem cogumelos cá em casa: nascem em tudo quanto é sítio.

Carreguei 3 kg de livros mais a minha pesadíssima carteira (gira, gira, gira!) para a Faculdade hoje. Acho que já não sei o que é ter braços.

A única coisa boa disto foi a nota de História da Língua Portuguesa. Pensava eu que ia reprovar e afinal até me safei bem! (Avé!)

Para terminar, amanhã vou ao médico. Não quero. (A minha vida, amanhã, vai ser pior que um contentor de lixo.)

Regresso à faculdade

Cenário: casa-de-banho do piso 1
Personagens: A., Miss Bright Side e eu


Diálogo (verídico):

A.: Hoje está complicado para eu ir à casa-de-banho...
Eu (a fazer uma pergunta lógica): Porquê? Estás com retenção de líquidos?
A.: Não... Estou de body.

E foi assim...

No dia seguinte, adormeci no sofá embalada pelo Concerto de Ano Novo em Viena (música clássica) e soube muito bem. Parece que este ano se avizinha bem bom...!