sexta-feira, 19 de abril de 2013

Fase 2: o desespero

Eu não acreditava que era possível e achava um exagero quando as pessoas que estavam a escrever uma tese me diziam que choravam, que ficavam desesperadas com a jornada que tinham pela frente...até hoje. Depois da fase de leituras, segue-se a organização da bibliografia e o esquema ainda mais detalhado de escrita de cada capítulo. É como se fosse um puzzle de 1000 peças pequeninas que é preciso encaixar. É assim que eu vejo a minha tese, é o meu puzzle. E hoje fiquei desesperada e chorei porque é o tempo, são os nervos, são as peças que podem encaixar em muitos sítios, é o que eu quero dizer e não sei bem como porque é diferente, no fundo, de escrever um ensaio. E desesperei-me imenso e chorei e tive medo de falhar, muito medo mesmo, e entretanto fiquei emocionada quando abri o word e escrevi "Capítulo I" com o título logo a seguir, centrado, a negrito e pensei "you can do it, girl". E entretanto o primeiro parágrafo está escrito e, curiosamente ao contrário do que eu sempre disse sobre os primeiros parágrafos de textos, este foi o que me custou menos a escrever, o que me saiu naturalmente (isto, claro, até levar com as correções das orientadoras! ahah).

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