quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Eu disse:

"Quando eu finalmente decido alguma coisa e estou com disposição pra cumprir tudo até ao fim custe o que custar" - 3 de Janeiro. 
15 dias volvidos...a zona de conforto é a mesma, o medo já é antigo. Não era para ser assim. E custa imenso. Nem radical eu consigo ser. Era difícil nas primeiras horas, no primeiro dia,na primeira semana e depois deixava de ser. Mas nem radical - leia-se "eu" - eu consigo ser. Sinto-me presa, de asas cortadas...por mim própria. Lucidez não me falta, mas chega a altura e este músculo idiota ganha. Ganha sempre. E eu estou tão farta dele, mas tão farta! Porque não o percebo. É estúpido todos os dias, acredita no que não deve, em quem não deve...mesmo depois de ouvir as piores coisas que se podem ouvir. Parece que esquece. E não pode esquecer. Quando a lucidez o lembra das coisas...foge, todo contraído que até dá a sensação que vai explodir. God...porquê que eu não consigo tomar uma atitude? Sou a melhor pessoa do mundo para lidar com tudo o resto: pressão de tempo em relação a trabalho, gerir a agenda para poder fazer tudo o que quero, estar presente naquilo que é importante, mas isto...isto eu não consigo resolver e não é por falta de esforço. Já me tentei habituar à ideia de pôr coisas em caixas e arrumar. Quase deu certo. Arrumei a caixa, virei-me para uma novinha em folha, cheia de coisas para eu aproveitar. Quase. Lá se foi essa e o que é que esta inteligência rara fez? Foi mexer no que estava quieto. Resultou? Óbvio que não. Não quero viver com uma caixa sem lugar fixo, não me quero habituar a que seja uma caixa paralela, uma zona de conforto e, ao mesmo tempo, de retrocesso.Não é bom, não é saudável.As caixas são para guardar coisas; não são para tirarmos tudo e deixarmos cá fora. 

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