domingo, 29 de janeiro de 2012

Das coisas mal resolvidas

Começo a rejeitar. Não totalmente, óbvio. Mas... antes nunca havia nem um só mas.
No mínimo...inusitado. E ao mesmo tempo quase nada parece ter mudado.
É tudo tão estranho - ainda, novamente. Tenho a sensação que no fundo há coisas que não foram perdoadas. É mesmo essa a palavra. Perdoar.Devia ter mexido nas coisas na altura certa, não deixar passar. Inevitavelmente um dia elas são mais fortes do que nós e vêm cá pra cima fazer estragos. Ninguém perdoa um amor que ficou na sugestão, que não irrompeu do peito, mas que parece continuar meio escondido, sem se distanciar por um só momento. Não perdoamos quando tomam decisões por nós, ainda para mais quando a escolha estava feita, mais que feita. Não perdoamos quando desistem de nós por medo. Não perdoamos quando se afastam de nós por pensarem que é melhor assim - e nem sequer nos consultam. Ninguém perdoa quando se desperta um amor para o ver reprimido, para o partir em pedaços e continuar a carregá-lo. 
Porque agora passou o tempo - queiramos ou não - e ele nunca deixa de trazer consequências. Talvez esteja a passar aquele momento em que me estou a libertar - e ao mesmo tempo sinto tudo de todas as maneiras, principalmente ciúmes - e não quero. É outra vontade independente de mim. Tão, tão estranho. Tudo me soa a falso. Tudo me soa a tempo que passa e torna as coisas normais. Tudo me soa a frete, a cordialidade. E eu odeio sensações de coisas porque sim. Tudo me soa a nada. E a mais pequena coisa...nem sei. 
Help, please. Agora já não é só a minha cabeça que está uma confusão total. O idiota que mora ali no lado esquerdo também já não sabe o que quer. E é a primeira vez desde há muito tempo que ele está assim. E no fundo eu não sei lidar com isto e parece que estou a ser obrigada. Merda.

Sem comentários: