domingo, 31 de outubro de 2010

Assim se resume um sábado

Deitar às 7 e pouco e acordar automaticamente com uma cãibra que por pouco não me pôs aos berros.
Voltar a adormecer e voltar a acordar. Passar e enviar fotografias. Estar sozinha em casa e bater com a coxa na esquina de um móvel e ganhar uma nódoa negra de brinde. Ficar sem luz e arrumar o quarto (ora, o que é que eu havia de fazer?). Passar apontamentos, responder a mensagens, ver e actualizar o facebook. Falar com a M., a J., o M., o T., o R., a C., o P., o H.
E voltar a dormir. Não de cansaço.Só mesmo porque o Barthes me avariou o sistema com aquela obra e mais vale ir dormir. Ou isso ou porque a J. diz que depois das duas da manhã não devemos tomar decisões.

sábado, 30 de outubro de 2010

É (também) por isto que R. Barthes me mata por dentro

VAGABUNDAGEM. Ainda que todo o amor seja vivido como único e que o sujeito rejeite a ideia de mais tarde o repetir, o apaixonado surpreende por vezes em si uma espécie de difusão do desejo de amor; compreende então que está condenado a errar até à morte, de amor em amor.
1. Como acaba um amor? - O quê, então ele acaba? Em suma, ninguém - a não ser os outros - sabe disso; uma espécie de inocência mascara o termo desta coisa concedida, afirmada, vivida segundo a eternidade. Suceda o que suceder ao objecto amado - quer desapareça quer passe ao mundo da Amizade - , nunca o vejo desvancer-se: o amor que acaba afasta-se para um outro mundo, à maneira de uma nave espacial que deixa de cintilar: o ser amado ecoava como uma vozearia, ei-lo subitamente inaudível (o outro nunca desaparece quando e como se espera).


Roland Barthes, Fragmentos de um discurso amoroso (p.252)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Já se sabe que eu gosto de romãs. Aliás, adoro. Mas só há no Outono. Ou melhor, há durante todo o ano, mas só em Outubro e Novembro é que elas são uma delícia. Durante o resto do ano não as como. Só mesmo nesta altura.
Gosto.
Mais: adoro.
...Mas não me fazem falta.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

"Qualquer dia sai-te na sopa"

A sério que das duas últimas vezes que eu fui levantar dinheiro aquele raio daquele anúncio apareceu?
A sério que até na m**** de um texto de apoio de Romantismo, num mísera nota de rodapé, tinha de lá estar aquela palavrinha?

sábado, 23 de outubro de 2010

"mesmo antes de ter chegado...devasso a noite"

Ele: Nunca viste o Rei Leão?Mas o que é que estás a fazer neste mundo? Sinceramente...Mata-te, pá! :p
Ela: Eu ver vi, mas nunca vi todo! Não me mato porque pronto...vi a Cinderela e a Branca de Neve umas quantas vezes :D E sei a música do "hakuna matata". ahahah
Ele: Branca de Neve e Cinderela só vi uma vez...acho. Mas o Rei Leão foi pr'aí o primeiro filme que fui ver ao cinema... :D

terça-feira, 19 de outubro de 2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

E hoje a menina do Só Visto lá na sua reportagem sobre a estreia do Filme do Desassossego (em Lisboa, obviamente) que diz:
-Bernardo SANTOS, um dos semi-heterónimos de Fernando Pessoa. ?

(É Soares, senhora, é Soares.)

A minha cabeça está a funcionar à velocidade da luz

*Romantismo*Da evolução literária*A arte como processo*Folhas Caídas*A voz do profeta*Teoria do Método Formal*Viagens na minha terra*Heródoto*Helena*Paideia*História da Literatura Grega*Gramática da Língua Portuguesa*Poética Ocidental*Teoria da Literatura*Diderot*Voltaire*Platão*Aristóteles*Santo Agostinho*Almeida Garrett*Alexandre Herculano*Formalismo russo*Esquemas relacionais*Verbos copulativos*A filologia do gosto literário*Flores sem fruto*A arte de morrer longe*O Banquete*Odisseia*Ilíada*Poesia Arcaica* Ciclo Épico* Alceu e Safo*Fragmentos de um discurso amoroso*Hesíodo*Novas Cartas Portuguesas*Fernando Namora*Anacreonte*Estética*Baquílides*Schiller*Kant*Eça de Queirós*Contos*Arrábida*Fernando Guimarães*Octavio Paz*Teoria do Gosto Literário*Estruturas Sintácticas e Semânticas*Teoria da Literatura*Literatura Portuguesa do Romantismo ao Naturalismo*Literatura Grega*

E tempo, manda-se fazer?

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

-É um vai que não vai, um vai que vai e vai na volta...!Oh M., tu és a puta menos puta de sempre.
-Verdade.
-Até pra ser puta é preciso ter sorte.

Museu d'Avó

(Tirei daqui.)

Museu d'Avó: descobri este cantinho há duas semanas e tenho a dizer que é uma delícia. Desengane-se quem acha que vai ver uma partida do FCP ou do SLB para lá porque não há televisão. Não é que seja nada de mais, mas é um espaço para amigos. Vela acesa na mesa, petiscos a sair a cada 5 minutos. E uma delícia, por sinal. É um espaço de convívio puro. Pena ser na rua do 77, que, para além de estar sempre cheia, é demasiado duvidosa pra meu gosto. Vale muito a pena comentar a decoração! Descubro sempre um objecto novo e que de contemporâneo não tem nada: desde a caixa de correio (que se vê ali ao fundo) ao volante, passando pelo carrinho de bebé estilo anos 50 pendurado no tecto e ainda pela máquina registadora antiga, é tudo giro! Apetece-me levar tudo pra casa!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Aaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhh

Eu já falei disto aqui, mas hoje a situação repetiu-se. Lá vou acompanhada pela Dona Avó apanhar a vacina do tétano. Até aí era só uma ideia que me pairava na mente, mais uma daquelas coisas marcadas na agenda. Mas depois entrei no Centro de Saúde e, mal senti o cheiro,perdi logo a cor. Sentei-me no banco sempre acompanhada pela Dona Avó -que disse logo que ia não fosse eu cair pro lado. Estava um velhinho lá que me viu tão branca e com os olhos tão esbugalhados que me perguntou o que eu estava ali a fazer. Depois de saber o que era, o senhor (fofo, fofo, fofo) decidiu dizer-me - A MIM, PESSOA QUE TEM PÂNICO DE AGULHAS - que depois de levar a primeira picadela até ia pedir a segunda porque ia gostar. Ora se eu já não tinha cor, então fiquei sem pinga de sangue e a pensar "oh senhor fofo, a sério que me está a dizer isso?". Lá entrei, a custo e quase a fugir dali, as enfermeiras a olhar pra mim e a dizerem logo de seguida "a menina não gosta de agulhas. Nota-se logo. Até lhe vou ligar a ventoinha para apanhar um bocadinho de ar". Lá fizeram o que tinham a fazer, eu muda e lívida a dizer mal da minha vida e a rezar para sair dali rápido, não sem antes ter - e este sim - um verdadeiro momento *chapadas nas bochechas* para ganhar cor, segundo a enfermeira.
E pronto, depois aproveitei pra fazer beicinho com a Dona Avó e a Dona Mãe.

domingo, 3 de outubro de 2010

Memórias de um sábado à noite


Sai uma miúda de casa toda bem arranjada com a sua calça azul escura gira, gira, gira, mais o casaquinho vermelho e a mala. Unhas pintadas depois de duas semanas sem o poder fazer. Paragem rápida para ir buscar o M. e depois o caos do estacionamento. Esta cidade está um inferno. Para qualquer lado que se vá não há sítio para deixar o carro. Avenida da Boavista cheia, Casa da Música, Bom Sucesso e Galiza idem. Entretanto começa a chover, mas a chover mesmo. Pronto, vamos ao cinema em último caso. Eu já tinha ouvido falar do livro e não o li. Vi o filme. A historinha é engraçada? É. Mas aquilo nunca mais acaba- duas horas e tal de filme. Eu adormeci duas vezes e não perdi nada. O R. também desligou e a última meia-hora não existiu para o H. Deu pra rir com algumas cenas, emocionarmo-nos q.b. com outras e comentar tudo e tudo e tudo. (E destaca-se o facto de o guarda-roupa da Julia Roberts ser simplesmente pavoroso, à excepção do outfit da festa nas primeiras cenas). Os contornos são sempre os mesmos: um quer, o outro tem medo de.Separam-se. Um vai ter com X, que lhe fala das verdades universais do mundo e afinal já quer e vai a correr a casa do outro, que não está. E deixa o bilhete e encontram-se no sítio deles. E no final correm um pros braços do outro, partindo sem destino para encontrar o amor.
E pronto, inspirados pela parte italiana do filme, sentámo-nos do sítio de sempre a comer massa e a conversar, não esquecendo o facto de o T. ter vindo à chuva e ter aparecido encharcado.