domingo, 3 de outubro de 2010

Memórias de um sábado à noite


Sai uma miúda de casa toda bem arranjada com a sua calça azul escura gira, gira, gira, mais o casaquinho vermelho e a mala. Unhas pintadas depois de duas semanas sem o poder fazer. Paragem rápida para ir buscar o M. e depois o caos do estacionamento. Esta cidade está um inferno. Para qualquer lado que se vá não há sítio para deixar o carro. Avenida da Boavista cheia, Casa da Música, Bom Sucesso e Galiza idem. Entretanto começa a chover, mas a chover mesmo. Pronto, vamos ao cinema em último caso. Eu já tinha ouvido falar do livro e não o li. Vi o filme. A historinha é engraçada? É. Mas aquilo nunca mais acaba- duas horas e tal de filme. Eu adormeci duas vezes e não perdi nada. O R. também desligou e a última meia-hora não existiu para o H. Deu pra rir com algumas cenas, emocionarmo-nos q.b. com outras e comentar tudo e tudo e tudo. (E destaca-se o facto de o guarda-roupa da Julia Roberts ser simplesmente pavoroso, à excepção do outfit da festa nas primeiras cenas). Os contornos são sempre os mesmos: um quer, o outro tem medo de.Separam-se. Um vai ter com X, que lhe fala das verdades universais do mundo e afinal já quer e vai a correr a casa do outro, que não está. E deixa o bilhete e encontram-se no sítio deles. E no final correm um pros braços do outro, partindo sem destino para encontrar o amor.
E pronto, inspirados pela parte italiana do filme, sentámo-nos do sítio de sempre a comer massa e a conversar, não esquecendo o facto de o T. ter vindo à chuva e ter aparecido encharcado.

1 comentário:

Ferdinand disse...

o T. não chegou encharcado. o T. foi apanhado no meio dum tufão e mesmo assim não prescindiu da companhia dos amigos xD