quarta-feira, 10 de março de 2010

Eu tenho que resolver a minha vida

Engraçado como num espaço de apenas 36horas já ouvi isso 4 vezes. Mais engraçado ainda é que digo isso a mim própria todas as manhãs e a verdade é que não sei por que ponta pegar nisto. Nem sequer sei o que é que tenho para resolver, que vida é um conceito demasiado abstracto e abrangente para uma só pessoa. Estou no momento em que me atirei de uma altura terrível e estou a pairar. Já sei de antemão que lá vou eu cair e partir alguma coisa, mas por agora estou a passar por tudo e por todos a sentir-me não só invisível como também (demasiado) substituível e pequena. Sinceramente, não gosto. E já ando há uns dias não só com uma energia negativa dentro de mim como também com um nervosismo pavoroso e FDP que não me deixa dormir seguido. Quando acordo é assustada, volto a adormecer e tenho sonhos horríveis, desesperantes. Se me apetece escrever? Apetece e não é pouco, mas nem isso me sai dos dedos como eu quero. Hoje é daqueles dias em que me apetece desaparecer do mundo durante uma semana; desligar o telemóvel, nem sequer ligar o MSN ou o Facebook, não ir à faculdade, não ir ao Altar, não ir a lado nenhum. E ficar só com a esperança de que quando eu quiser voltar à vidinha normal esteja tudo bem. Basicamente retomar do ponto em que deixei. Mas isso já se sabe que é impossível, que ninguém vai esperar por mim, que o tempo não me vai dar uma trégua e que isto não vai desaparecer assim.

1 comentário:

Earnshaw disse...

Bolas... como te entendo. :x