segunda-feira, 17 de março de 2014

Ok, respira. Acho que é o que me tenho dito nos últimos tempos e 'por últimos tempos' leia-se meses. Olhando pra trás, a verdade é que não tenho ideia de como sobrevivi a esta catrefada de coisas que me aconteceu. Antes era fácil: chorava que nem uma Madalena e passava. Agora não consigo; é como se tivesse perdido essa capacidade. Era natural chorar 3 ou 4 vezes por semana e bem longe vão os tempos em que todas as noites chorava (tal como longe já vai essa pessoa e ainda não sei se tenho saudades de quem eu era), mas o motivo era o de sempre, era uma "dor localizada". Agora parece que alguma coisa em mim se transformou, que endureceu, como se tivesse passado por uma espécie de filtro, de cabine transformadora. Se antes fazia questão de dizer que X me incomodava, agora estou numa de 'faz o que quiseres, deixa andar'; não é que não me importe, mas não mostro que me importo. À conta dessa dureza de carapaça, mal me sinto atingida contra-ataco. Normal, normalíssimo; não vou voltar a passar pelo mesmo over and over again. Não é bom, não. Tem sido dia a dia, sem grandes planos, sem grandes esperanças, sem grande rumo; poucas coisas definidas. Pelo menos as semanas estão a correr melhor porque não me sinto tão down e consegui fazer das tripas coração e ser genuinamente a pessoa mais bem disposta do mundo depois de levar mais uma patada que doeu. Com o tempo aprende-se a saber quando as coisas são ditas de propósito para magoar. O problema é quando se acha que o propósito de magoar não justifica o que se disse e não se mostra que se quer saber.

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