sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Eu podia sonhar com tanta coisa....

...que estava numa praia paradisíaca a aviar margaritas, que estava a passear em Paris, a esquiar na Sierra Nevada, a tirar fotos em Ipanema e a beber uma água dji côco,  que estava a comer uma bruta de uma francesinha ou a rir-me com os deficientes dos meus amigos...mas não. Toma lá, sonha com o *****, aquele gajo que fez tanta merda que só uma terapia de choques elétricos é que te podia fazer esquecer a profundidade de tanta idiotice junta numa só pessoa. Vá, sonha que está tudo bem e que ele veio pedir desculpa e está no portão de tua casa, todo ele mais doce que o pote de mel do Winnie the Poo, sonha com isso tudo e mais umas coisas. Mas sonha só que a realidade não vai mudar. Fuck. E logo a seguir 'amanda-te' pro ginásio, corre 10 km e dá de caras com o sósia dele (tão parecidos que até me assustei da primeira vez que o vi), cor de olhos incluída, a olhar pra ti pelo canto do olho enquanto se sofre a fazer abdominais e exercícios de glúteos, tão sexy. I love my life. Ou quase. 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Eu juro que não entendo. Então um moço dos tempos da fluppy abre-me o chat, manifesta o seu interesse na minha pessoa e eu que sou quase sempre sincera digo-lhe 'desculpa lá, mas não', que sempre é melhor do que dizer 'come uma fruta que te faz melhor', e semanas depois todo um chat que se abre. A coisa estava resolvida e como eu ainda tenho educação e não deixo pessoas sem resposta (pode ser para despachar, mas respondo), vi-me envolvida nesta conversa e fiquei sem saber o que o moço queria:


Ele: Olá
Eu: Olá
Ele: Tudo bem?
Eu: Sim, obrigada. E contigo?
Ele: Também.


E o que é que se depreende daqui? Pois. Nada de jeito. Vou é começar a ser mal educada e fazer aquela cena fixe de ver o que me disseram e fechar a janela de maneira a aparecer como não ter visualizado. 

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Assim pra dizer a verdade...

é isto que me apetece dizer a toda a gente. Nunca pensei chegar a este nível de tensão, de exaustão, de tudo ao mesmo tempo, de chegar ao ponto de a única coisa que me apetece fazer é dormir, é não ver ninguém, é não falar com ninguém, é não fazer nada, é deixar tudo pelo caminho porque há demasiado cansaço, demasiada ginástica mental, demasiados inspira-expira para sobreviver a mais um dia. A vontade que eu tenho de deixar tudo e ir embora pra não voltar.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Neste dia

O facebook às vezes tem graça e agora tem uma aplicação chamada "Neste dia" onde se pode ver o que se postou naquele dia mas de anos anteriores. Fui eu a 2010 e eis que aparecem por acaso seguidinhas duas publicações: a minha, uma música (minha e dele na época, -aos anos!) e um estado dele a dizer "(empty)". Awkward.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Ando há uns dias com uma sensação estranha de que mais alguma coisa vai acontecer. E não vai ser boa. De todas as vezes que tive esta perceção...deu em merda. Uma aposta em como vou ouvir pela segunda vez o que ouvi no verão e vai ser desta que vai ser tudo radical? 
Depois da grandessíssima merda que foi janeiro, começou fevereiro. Melhorou? Não. A verdade é que não melhorou. O André diz que depois de tanta coisa é má é porque só podem estar a chegar mudanças e coisas boas. Espero mesmo que ele tenha razão. É que à conta deste mês e 13 dias já estou totalmente esgotada, sem paciência pra fretes, pra merdas forçadas, pr'aturar pessoas palermas. Já fui bem mais tolerante, já fui bem mais disciplinada mas, foda-se, tenho sono e tenho fome. Penso que vou descansar nos fins de semana e pumba, já estou em mais velórios e funerais. Isto se não fosse trágico era uma comédia do c@r@8%#%. Estou cansada, 5 minutos a dormir são uma maravilha. Não tenho ido ao ginásio à terça porque estou descompensada de uma segunda feira horrível, tenho montes de livros pra ler - como raio é que eu vou preparar um projeto decente assim atrasada? Medo a acontecer em mim -, estou desmotivada, sinto falta de ter tempo para ler, pesquisar e passar uma noite a escrever um ensaio. Tenho saudades dos tempos em que não adormecia a ver filmes. Domingo à tarde foi lindo: sugeri o filme, aguentei meia hora. E aquilo tinha 2horas e 50 pr'aí. Acordei nos últimos 10 minutos com toda a gente a chorar, uma casa explodiu. "Foram os nazis?" - pergunta parva. "Não, foram ordens do Churchill". Ok, volta a dormir, Andreia, que o teu mal é sono. Sei lá eu que fazer à vida. Quem quiser entrar que entre, quem quiser sair que saia e que não se ponha é no meio do caminho. E era suposto eu ir pra cama e aterrar...mas não. Uma pessoa fica ali a pensar, a pensar e já cansa mais meio coração e 3/4 de cérebro. Não está fácil. Tenho de virar isto ao contrário e fazer outras coisas, ver outros caminhos. Se calhar só preciso é de ir bottar um shake, comer um sushi e chorar, que é coisa que raramente faço agora e que só me fazia era bem. 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Das coisas boas de janeiro: nada

Janeiro foi o pior mês que me lembro de passar desde há anos. Não teve uma única coisa em condições, salvo a marcação de uma reunião de um projeto que começa em fevereiro. De resto, foi uma merda: começou mal nas primeiras horas do dia 1 e acabou mal nas últimas de dia 31. Nunca mais acabava: só trouxe deceções, tristeza, dúvidas, instabilidade, insegurança. E chuva e vento e frio e constipações. E pessoas que não prestam e pior do que tudo pôs-me as fragilidades a descoberto. E isso é coisa pra me assustar a sério, para me fazer pôr a milhas de toda a gente, a afastar tudo e todos e escondida no casulo até voltar a ser seguro dar-me às pessoas à minha volta, até me sentir com força suficiente para continuar. Que vá. E não volte.