segunda-feira, 30 de junho de 2014

Este post é um pedido de desculpas

Dizem as leis da irmandade das gajas que temos de ser umas pras outras. O caraças. Seguindo este pressuposto universal, sempre que vemos uma mana em apuros é nosso dever de boas samaritanas alertá-la para o facto. O tanas. 
Serve este post de pedido de desculpas à moça atualmente iludida pelo meu ex, porque efetivamente se vai lixar. Daqui a um mês ou um ano, esta moça vai-se lixar e vai acabar com o coração partido. Been there, done that. E eu sei disto tudo porque conheço a peça bem demais: não muda, não vai mudar; é como uma borracha que podemos apertar e muda de forma, mas que quando largamos volta ao mesmo. E eu tenho pena da moça porque nenhuma mana merece isto; aliás, ela está em apuros e não sabe, porque pra ela aquilo é a melhor companhia de todo o sempre, tanta felicidade, ai que eu sou a gaja que mudou o cabrão. O caraças. Isso não acontece. Mais: eu não sigo a lei da irmandade das gajas por um motivo óbvio: seria eu a passar por recalcada ou por ressabiada porque eu é que não fiquei com ele. Isto de as gajas serem umas pras outras é muito lindo, porque quando chegam estas horas as gajas viram-se contra as gajas porque as gajas são umas filhas da mãe.  
Portanto, amiga, desculpa lá eu saber de antemão que estás a andar de bicicleta sem mãos e que vais cair e não te dizer nada. Entre meter-me numa confusão e ser alguém que não corresponde a quem eu sou, olha, aguenta quando isso der merda que eu também aguentei e estou viva e bem, que um homem desses nem pra pano de chão serve. Entretanto, muito boa sorte. Vais precisar. 

sábado, 21 de junho de 2014

Fazer das tripas coração

Hoje foi o dia.

Quando...

não há palavras, ou melhor, quando continua a não haver palavras. Há pessoas que realmente não têm noção do que dizem e muito menos do que fazem. Como é que é possível? Não entendo, nunca vou entender e nem quero entender.




















(Que raiva.Que raiva, Que raiva. Mas vai passar; tudo passa.)

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Das palavras

Isto anda parado. Ando sem paciência para palavras, a verdade é essa. Quando eu digo que realmente não sei como raio ainda estou de pé, é a mais pura das verdades. O que aconteceu foi só a pior experiência que alguma vez tive com um ser humano (se é que a expressão se pode aplicar...) e há dias em que me custa acreditar que haja gente capaz de ser tão reles. Dizia o poeta que "já gastámos as palavras", mas o que eu sei é que as pessoas abusam das palavras, do significado e do impacto que elas podem ter. O que aconteceu podia ter sido coisa para me arrastar para uma cama durante dias, para me deixar infeliz, para me roubar o pouco que eu ainda vou acreditando nas pessoas. Serviu para isso tudo, para eu perceber que afinal ainda sei chorar como uma criança pequena. Serviu para me incutir uma dose extra de medo de me dar aos outros, serviu para me abrir os olhos. Serviu para ter colo dos amigos - dos poucos que souberam - e para me mostrar que cresci e que afinal sei lidar com coisas. Não vou mentir: tenho um pedaço de coração arrancado e há coisas que já não posso mais ser e não consigo nem posso mais acreditar. Mas tenho um sorriso que não sabia que tinha pra me levantar todos os dias, para deitar a cabeça na almofada e dormir de consciência tranquila, de estar em paz. Tenho um pedaço de coração a menos e uma ferida feia ainda por cicatrizar, mas tenho a certeza que sei cuidar de mim. E tudo vai ficar bem.

Das definições que se encontram sem querer


"Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa." 

(No quartinho dos fundos, na caixa mais escondida para não se ver, mas sem expulsar de casa.)