Estava na Invicta a olhar o rio há uns longos dias. Os óculos de sol escondiam os meus olhos. Subitamente, e como sempre acontece, a intuição veio ao de cima. Olhei o magnífico Douro e pensei que, não muito tarde, aquelas águas seriam as minhas lágrimas. E, de facto, tal aconteceu posterioremente.
Ainda esta semana, passei por lá e observei a paisagem. A lágrima e a lembrança desprenderam-se do meu coração e decidiram viver.
Mas hoje, mais uma vez repeti o percurso e olhei com naturalidade e sem tristeza as águas do rio que anteviram o meu futuro próximo.